Eu quero ser quem eu nasci para ser!
Eu não quero ser aquilo que os anos me tornaram,
Quero sentir o cheiro da manhã e me alegrar,
Sem censurar, sem reclamar,
Sem preocupações, sem neuras e sem pressões...
Eu quero ser feliz com a minha essência,
Não quero lutar contra a minha consciência,
Quero fazer as pazes com a alma,
Resgatar a minha verdadeira aparência.
Eu quero ser quem eu nasci para ser!
Descobrir-me dia após dia,
Redescobrir o tesouro escondido,
A pedra ferida, o diamante perdido.
Eu quero Direção...
Eu quero Libertação...
Eu quero descobrir a Verdade...
Eu busco o encontro...
O encontro com a minha verdadeira identidade.
Essas correntes vão se soltar,
A algema vai cair,
E o cadeado irá se quebrar...
Eis um novo tempo,
Eis uma nova busca,
Eis aí um cativo em busca da liberdade...
Quem poderá abrir as portas desta cadeia?
Quem tem a chave que abre o cárcere?
Ou quem compreende a prisão que há na minha mente?
Quem trilhará comigo este meu caminho?
O que vai acontecer eu não sei...
Mas eu já posso escutar o quebrar dos grilhões,
O abrir dos portões...
O Resgate esperado...
Eis aí um cativo...
Indo embora,
Pés descalços,
Correntes caindo,
Sorriso molhado,
E um olhar constrangido...
Ele não vai só,
Logo à frente dele estão passos mais largos,
Sombra mais forte,
Escudo que agora é firme,
Vai um que tem cravos nos pés caleijados...
Com ele caminha o Guia fiel,
Libertador Forte,
Um homem cujas mãos são furadas...
E o cativo agora descobre que está livre,
Porém nunca mais estará só em sua nova estrada.
